Os líderes políticos colombianos precisam, sem dúvida, compreender estratégia e geopolítica

Publicado: 2025-12-13   Clicks: 15

Por Luis Alberto Villamarín Pulido

Traduçao: Heitor De Paola

Após o desastre político, organizacional e moral da controversa presidência de Gustavo Petro, torna-se urgente que aqueles que pretendem governar a Colômbia a partir de 2026 façam mais do que simplesmente se concentrar em garantir votos para vencer e retomar o poder. Essa parece ser a única intenção dessas figuras, manifestada na constelação de candidatos que carecem de qualquer visão como estadistas ou estrategistas.

Os problemas estruturais da Colômbia têm raízes geopolíticas e estratégicas claras e concretas. Nada do que acontece em nosso país está isolado da realidade hemisférica ou global. A notória incompetência e a fraca liderança daqueles que entregaram o poder a Gustavo Petro de bandeja fazem parte do problema; portanto, nem eles nem seus comparsas contribuirão para a solução. Podem até prolongar o sofrimento.

Alguns argumentam que é muito positivo ter dezenas, até mesmo centenas, de pessoas com aspirações presidenciais, pois isso seria um sinal de democracia. Vamos analisar a questão passo a passo.

Primeiro, é importante que não se trate sempre das mesmas panelinhas políticas, repletas dos vícios degenerativos da governança estatal.

Segundo, é negativo porque indica que o fascínio pela desordem institucional é tão forte que a pilhagem, a desorganização administrativa, o clientelismo, a corrupção e a distribuição de cargos, salários ou contratos se sobrepõem à competência e aos projetos estatais.

Terceiro, a polarização, o populismo e o oportunismo crescem, tornando-se, em última instância, um terreno fértil para a disseminação exponencial do câncer da corrupção perpétua e para o descaso com o povo colombiano — povo que todos os políticos, atuais e potenciais, afirmam defender.

Em quarto lugar, sem uma abordagem político-estratégica dentro de um quadro geopolítico que conceba a dinâmica política como guia do Estado rumo ao bem-estar coletivo baseado na segurança e no desenvolvimento, partindo do fortalecimento interno para alcançar perspectivas internacionais, nem um, nem dez, nem mesmo cem candidatos, como é a realidade atual na Colômbia, resolverão qualquer problema.

Em quinto lugar, o exposto acima implica que o gargalo reside nos partidos políticos que, carentes de disciplina interna, estrutura organizacional e um propósito e objetivos nacionais compartilhados a longo prazo, caem no oportunismo e na decadência, ainda mais protegidos pelas leis vigentes que permitem a qualquer oportunista criar e financiar um pequeno partido efêmero, do qual podem colher benefícios pessoais significativos e participar de corrupção, sob o falso pretexto de participar de uma democracia.

Em resumo: é excelente que haja muitos candidatos para que surjam propostas inovadoras, mas, por outro lado, é terrível que não haja partidos sérios para canalizá-las e que, no final, apenas no máximo quatro partidos sérios e estruturados as apresentem.

De levantes carnavalescos sem rumo, desorganizados e imprevisíveis, há um passo muito curto para o caos, a corrupção e a violência, tudo isso permeado pelo atraso e pela pobreza. Candidatos e partidos que carecem de uma visão geopolítica para a nação são mais do mesmo, mergulhando a Colômbia na miséria perpétua da corrupção e do populismo.

Luis Alberto Villamarín Pulido

Autor de 40 livros sobre geopolítica, estratégia e defesa nacional

 

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