Mudanças necessárias no Ministério da Defesa e na cúpula militar, início para corrigir erros de concepção estratégica

Publicado: 2011-09-09   Clicks: 2759

 

Tradução: Graça Salgueiro
 
A guerra e a paz são dois assuntos muito sérios para deixá-los nas mãos de civis inexperientes, ou o que é mais grave, demagogos politiqueiros. Sagaz para conseguir fins pessoais mas distante dos objetivo nacionais, em especial da prioritária imposição histórica e sócio-política de impor a paz e a convivência entre os cidadãos, Juan Manuel Santos fundiu-se à presidência talvez com o pueril argumento de que se outros personagens como Cesar Gaviria, Ernesto Samper e Andrés Pastrana foram presidentes da Colômbia, por que ele não?
 
E com argúcias demagógicas e nítida intencionalidade politiqueira, Santos iludiu milhões de colombianos que esperançosos na paz e no desenvolvimento harmônico votaram nele. Porém, como era óbvio se esperar, seu trabalho tem sido inferior ao desafio que tem.
 
Sua primeira “verdadeiras intenções” foi a errônea escolha de Rodrigo Rivera como ministro de Defesa e do almirante Celis como Comandante Geral das Forças Militares. O primeiro, pela necessidade de queimar e tirar do caminho um inimigo político com categoria de pesos pesados. E a Celis, por simpatia com evocações vaidosas e autistas de sua fugaz e improdutiva passagem como cadete da Armada Nacional. Sem demeritar seu brilhante currículo naval, Celis não era o mais indicado para esse cargo, nem estava preparado para dirigir uma guerra de guerrilhas contra as FARC que, como camaleão, se acondicionaram a todas as evoluções do conflito.
 
Treze meses depois, pressionado pela opinião pública Santos viu-se forçado a fazer mudanças necessárias e colocar na cúpula militar o general Navas, cujas brilhantes capacidades militares de execução e experiência em combate, ultrapassam os limites dos oficiais normais. Com o novo cargo de Navas as Forças Militares ganham um grande líder, mas o Exército perde o melhor comandante que tenha tido desde a época de Ruiz Novoa, Landazabal e Bedoya Pizarro.
 
A falha de Santos foi não ter nomeado o general Luis Ardila Silva como comandante geral das Forças Militares desde agosto de 2010, obviamente com Navas como comandante do Exército. Com certeza este par de homens teria impresso às operações militares um selo de coesão, eficiência, êxito e harmonia, pois são dois soldados das mais excelsas qualidades profissionais. 
 
Hoje o general Navas assume o comando das três Forças e tem a missão de levar a feliz termo operações conjuntas de alto valor político-estratégico, que conduzam à desarticulação do Secretariado das FARC, como já o fez contra Reyes e Jojoy. Porém, além do interno Navas tem a dura tarefa de levantar o moral das tropas que, carentes de liderança adequada, viram durante um ano um politiqueiro ambicioso de sobrenome Rivera imitando Santos em busca de benefícios pessoais, sem que Celis encarnasse a atitude de um combatente ou de um comandante de tropas em operações especiais, nem a de um líder que respalda os homens que doam suas vidas por ele e pela pátria.
 
Além dos resultados operacionais positivos que o país espera contra o narco-terrorismo comunista, os militares e seus familiares esperam que o general Navas meta a mão no desarticulado sistema de saúde das Forças Militares, que recomponha a qualidade de serviço que o Hospital Militar teve antes, que por seu intermédio o ministro Pinzón faça o que nenhum de seus antecessores fez e consiga que o governo nacional pague até o último centavo que deve aos militares e policiais desde 1982, que desenvolva políticas amplas e ambiciosas para o bem-estar das tropas como são as casas fiscais, os centros de lazer, programas de readaptação à vida civil, etc.
 
General Navas: ao se referir a José María Cordova em Ayacucho, quando selou a independência da América, o escritor colombiano Luis López de Mesa disse que há vezes em que o meridiano de Deus passa pela existência de um homem... Não de outra maneira se poderia explicar a dimensão da vitória encabeçada por Cordova...
 
Hoje as reservas ativas das Forças Militares lhe dizemos o mesmo e acrescentamos: Deus o pôs neste cargo para dirigir a ofensiva militar mais importante da história do país contra o narco-terrorismo comunista, porém, ao mesmo tempo lhe deu a possibilidade de passar para a história como o general visionário e estrategista que interpretou um momento histórico e deu às instituições a guia e os meios de bem-estar ordenados pela lei.
 
E, nesse sentido, talvez por isso o tenha antecedido alguém que não tinha a sua liderança nem sua estatura guerreira. O comandante exitoso vela pelo cumprimento da missão, mas também pelo bem-estar de seus homens. Faça-o que o senhor tem as ferramentas e a credibilidade para fazê-lo. Não é por acaso que neste momento seja o general mais admirado pelas tropas.
 
Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido
Analista de assuntos estratégicos -
 
 
 
 
 

 

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