Presidente Santos, cumpra o mandato dos eleitores!

Publicado: 2010-08-24   Clicks: 1948

Presidente Santos, cumpra o mandato dos eleitores!

*Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido

       Os gastos da improvável recomposição das relações diplomáticas com a Venezuela são muito onerosos para o fisco nacional e para o trabalho da chanceler Holguín que, do mesmo modo que seus antecessores, não tem olho vivo na projeção estratégica, senão inclinação para seguir o jogo chavista, orientado desde Havana e Brasília.

       Soma-se a isso a estupidez coletiva. Nem a academia, nem os analistas internacionais, nem os politólogos, nem os colunistas de opinião, nem os funcionários do governo parecem entender que a hipocrisia de Chávez e seu chanceler Maduro, a má-fé de Lula da Silva, a ambivalência habitual de Correa, a ópera bufa da UNASUL e seus sócios de Colombianos pela Paz, etc., são uma cilada para a Colômbia, com a finalidade de legitimar as FARC, integradas ao Socialismo do Século XXI.

        Aparece outra vez no cenário de guerra e paz na Colômbia, a cartilha de diplomacia coercitiva estruturada na antiga União Soviética por Kruschev. Assim como as FARC pretenderam negociar por meio da chantagem e da intimidação, não para se desmobilizar senão para avançar para a tomada do poder, seus cúmplices nacionais e internacionais coadjuvam com a promessa de que Chávez se tornará um cavalheiro (algo duvidoso ao extremo) e que, portanto, “haverá relações fluidas”.

      É difícil entender que, apesar das contundentes provas com vídeos feitos por satélites e coordenadas exatas de guaridas terroristas das FARC em território venezuelano, nem o governo chavista nem a UNASUL tenham atuado em conseqüência. Ao contrário, deram publicidade à farsa da paz na Colômbia. Ou, o que é pior, que este não seja o tema central para normalizar as relações entre os dois países.

      Porém, é mais fácil de entender que o presidente Santos, cuja passagem pelo Ministério da Defesa lhe permitiu conhecer a dimensão do complô contra a Colômbia, financiado por Chávez e orientado por Lula e o ditador cubano, se preste para toda esta ópera bufa tão custosa - em todos os sentidos - para os colombianos.

      A pueril explicação de muitos circunscreve-se à necessidade do comércio bilateral, como se não fosse obrigação estratégica e administrativa dos ministérios das Relações Exteriores, Comércio, Agricultura e Desenvolvimento explorar outras opções. Ou como se os cônsules e embaixadores não tivessem nada que fazer além de viver do exílio dourado da diplomacia e das intrigas politiqueiras.

      A lua de mel com Chávez é uma quimera. Detrás dessa montagem está a intenção comunista sobre a América Latina, para a qual a Colômbia tem sido a pedra no sapato. Os colombianos elegeram Santos, não por ele ser o melhor nem o compatriota mais capaz para governar o país, porque não havia tal. Votaram contra Chávez, contra as FARC e contra as traições à Pátria da reconhecida porta-voz “fariana” (Piedad Córdoba).

      O problema com a Venezuela não se resolve com sorrisos ou declarações hipócritas. Deve ser levado a instâncias internacionais, porque não é só com a Venezuela mas com os governos pró-terroristas do Brasil, da Nicarágua, do Equador, da Bolívia, do Paraguai, da Argentina, de El Salvador e de Cuba. Há um complô contra a Colômbia e o presidente em exercício deve cumprir o mandato dos eleitores.

 

Coronel Luis Alberto Villamarin Pulido

* Analista de assuntos estratégicos

www.luisvillamarin.com

Tradução: Graça Salgueiro

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