Que continuem as políticas de Santos: Livrai-nos Senhor!

Publicado: 2013-05-20   Clicks: 1603

     Tradução: Graça Salgueiro 

     Cínico, desavergonhado e politiqueiro ao extremo, Juan Manuel Santos anunciou ao país o segredo de alcova que se conhece desde antes dele tomar posse como Presidente: ele deseja esta e mil re-eleições mais, pois seu ego infinito só está satisfeito com capas na revista Time, uma chanceler de moleca de recados pelo mundo fazendo lobby para sua imagem pessoal, diadema com uma flor e camiseta verde berrante ao lado dos King Kong “securities” gringos no Central Park de Nova York, fotos com o Papa, com Obama, com Maduro, com a rainha da Inglaterra, com os soldados, com Falcao García, com a imagem da Irmã Laura. Melhor dizendo: um presidente mais midiático que Pastrana e mais inepto que Samper, Gaviria, Barco, Belisario e Pastrana juntos. Algo tão fatal, como se Petro também chegasse a ser presidente.

      É tal o desprezo de Santos pelo povo colombiano e o apreço por seu egocêntrico credo de predestinado e superior aos demais mortais, que em seu discurso politiqueiro de modelo em passarela que procura a re-eleição, teve a senvergonhice de dizer que se necessita continuidade em suas políticas para levar o país adiante.

     E em cada caso se encheu de auto-elogios. Qualquer pessoa com mediana capacidade intelectual capta a farsa e entende que esse discurso demagógico de “político torpe” em época de eleição, dirigido com propaganda permanente nos meios de comunicação (paga pelos contribuintes), é uma farsa e um enganoso cavalo de Tróia.

     Quando Santos afirmou que graças a suas ações a Colômbia é respeitada no entorno internacional e que necessitamos continuar essa linha, se lhe esqueceram pequenos detalhezinhos, que para ele são coisas triviais, mas que na prática são assuntos de segurança nacional, geo-política, geo-estratégia e destino do país, tais como: 

     A vergonhosa e humilhante perda de mais de 75.000 quilômetros de mar territorial devido a uma sentença espúria e suspeita de uma Corte Internacional que não era competente para o efeito, a menos que contasse com a imbecilidade de três presidentes e vários chanceleres que, fiéis à falta de caráter e as leguleiadas da aristocracia colombiana, confiaram em uns vivaldinos rábulas internacionais que representaram mal a Colômbia em Haya.

     Em vez de ordenar investigações disciplinares, administrativas e pedir aos organismos competentes as investigações penais contra os responsáveis pelo roubo descarado de nosso mar territorial, Santos ratificou a pouco eficiente chanceler Holguín, foi prestar contas ao terrorista Daniel Ortega e contratou outros advogados para que defendam o que parece não ter defesa, pois os recursos jurídicos possíveis não são alentadores.

     Será essa a política internacional que Santos quer que continue? Quer dizer, que se a Nicarágua já ganhou a primeira demanda, então que ganhe a segunda na qual quer plataforma continental e até o mar de Cartagena de Indias. De imediato, se Santos deseja que sua política internacional continue assim, que o camarada Ortega, que é muito “amiguis” das FARC, o ajude para que os bandidos não se levantem da mesa em Cuba, pois, além disso, esse é outro voto para ganhar o Prêmio Nobel da Paz.

     Ou, talvez, será a política de ter a Chanceler Holguín de moleca de recados pessoal pelo mundo, para promover cúpulas caríssimas como a de Cartagena para que Obama garantisse sua re-eleição com os votos hispanos e democratas nos Estados Unidos, ou gastando o dinheiro que não há em viagens à Turquia e Inglaterra para saudar com beijo na mão, genuflexão e ajoelhada à rainha da Inglaterra que, terminada a tediosa reunião protocolar, não lembrará nem sequer de qual país bananeiro chegou o aborígene mandatário que a visitou? 

     Será que em seu infinito ego e ao mesmo tempo escassa visão geo-política, ocorreu a Santos que sua política internacional é modelo de eficiência porque as FARC vivem tranqüilas no Equador, Venezuela, Cuba e Nicarágua, ao mesmo tempo em que o elogiam como o mandatário da paz? Então, para que discutir com os camaradas de Quito, La Paz, Manágua, Caracas, Brasília, Havana se eles são padrinhos das FARC, se associam com Ortega para roubar mar territorial da Colômbia, porém não pode fazer nada contra eles nas Cortes Internacionais, pois tudo isso convém à “paz”, ou melhor, Prêmio Nobel da Paz de Santos? 

     Será que é modelo de eficiência de política internacional reconhecer um governo espúrio, trapaceiro, mentiroso e farsante como o de Nicolás Maduro e, afora isso, suportar que um pé-rapado elevado por meio de fraude ao Palácio de Miraflores desrespeite a Colômbia como fazia seu antecessor, com o conto chinês e barato de que a diplomacia colombiana se queixará pelos canais legítimos?

    Seria importante que a Chanceler viajante ordenasse a um dos doze colecionadores de diárias (pagas pelos colombianos) que a acompanham em todas as campanhas pessoais de Juanma no exterior, que reúna todas as notas de protesto e documentos estúpidos que durante dois séculos os chanceleres colombianos enviaram à Inglaterra, Estados Unidos, Nicarágua, Panamá, Peru, Equador, Venezuela e Brasil, pelos abusos cometidos contra a integridade territorial, a soberania nacional e dignidade do país. Com certeza que se ficaria com a boca aberta... mas além disso, seria um bom exercício que a imprensa “livre e democrática” destampasse essa panela.

     Porém, ademais, seria política internacional exemplar utilizar os consulados da Colômbia nos Estados Unidos para que convoquem os líderes cívicos que vivem nos Estados Unidos de maior presença de compatriotas,  para que trabalhem pela re-eleição de Jaime Buenahora ao Congresso e de Santos à Presidência, certamente para manter os diplomatas nesses cargos ou outros melhores?

    Isso é política internacional e visão geo-política frente ao destino do país ou a mais barata, suja e turva politicagem, em honra de conservar no imerecido cargo de presidente da República, o mesmo personagem que bajulou nove milhões de eleitores com uma proposta e depois nos traiu com ações de “paz”, úteis apenas a seu projeto pessoal de Prêmio Nobel, re-eleição e se alguma destas duas falha, posicionar-se para a Secretaria da ONU?

    E isso porque revisamos nesta análise apenas a continuidade da política internacional, porque se toca-se no tema da justiça com a vergonhosa reforma que apadrinhou, ou a multi-milionária e falida tentativa de mudar o sistema educacional, ou a direção do agro com a renúncia de Juan Camilo Restrepo porque muitos dos favorecidos pelo Incoder são os bandidos de sempre, ou a aglomeração nos cárceres e muito mais, o sensato e elementar quer dizer: nem continuidade de políticas tão pueris e baratas, nem re-eleição de quatro anos, nem prolongamento de dois anos, nem sequer um dia, nem um minuto depois das três da tarde de 7 de agosto de 2014.

     Por isso, como diria qualquer beata ou rezadeira de missa matutina: da continuidade das políticas de Santos, livrai-nos Senhor!

    Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido

     Analista de assuntos estratégicos –

       www.luisvillamarin.com

 

 

 

     

 

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