Destituição de Petro: saída de um péssimo prefeito, mas...

Publicado: 2014-03-27   Clicks: 1906

     Tradução: Graça Salgueiro

     Com argúcias, artimanhas, trapaças e conchavos em conluio com esquerdistas caviar internacionais, o terrorista desmobilizado do M-19 Gustavo Petro, erroneamente eleito por milhares de leitores enganados, queria se aferrar no cargo, porém, à luz dos fatos, sua destituição não articula nenhum golpe à paz, nem à democracia, nem por perseguição política. É um ato de justiça pelo bem dos bogotanos, vítimas das arbitrariedades e aberrações governativas do linguarudo prefeito destituído.

    Menos mal que o presidente Santos, muito dado a tirar vantagens pessoais politiqueiras, embora seja sacrificando a dignidade nacional, neste caso específico ouviu a voz da consciência nacional, não se deixou impor a farsa jurídica de um grupo de advogados a serviço da esquerda continental na OEA, e fez valer a institucionalidade e o cumprimento das leis colombianas.

    Por outro lado, não cessarão em seu empenho, Maduro e os que financiaram a campanha midiática dentro e fora da Colômbia para buscar a espúria posição a favor de Petro, por parte de alguns advogados burocratas nomeados nesses cargos, não por sua sapiência jurídica senão por favores políticos dos governantes de seus países, com ênfase nos integrantes da ALBA e o que a diplomacia comunista move por debaixo das mesas.

    Esta mesma atitude de fazer valer as leis colombianas acima dos interesses políticos do comunismo na América Latina, é a que Santos deveria assumir frente à sentença espúria da Corte Interamericana de Haya, que cerceou de uma só tacada 75.000 km² de mar territorial. Não o silêncio cúmplice que teve até a presente data frente a isto. Ainda se espera que tenham um arranque de caráter a respeito.

    Era necessária para a história do país e para a solidez institucional, que nenhum tribunal internacional, integrado por advogados de pouca credibilidade e de presumível inclinação ideológica para a esquerda que tanto dano causou ao país, se intrometesse nos assuntos internos e que vulnerabilizasse as decisões disciplinares das instituições colombianas.

    Já está na hora de a Colômbia e o mundo entenderem que Petro se vai do cargo, não por ser comunista nem porque se quer desconhecer sua imerecida eleição, senão porque é inepto, teimoso, por ideologizar as soluções administrativas e porque é um péssimo prefeito, como demonstrou com o abusivo e grave episódio de inundar a cidade de lixo. Isso sem contar o enorme dano que Bogotá continua sofrendo com a grande quantidade de caminhões coletores de lixo em linha morta, os sobre-custos do processo, a desordem geral em que está a cidade, e a politização que fez do Canal Capital de televisão a favor do terrorismo comunista, como sua péssima gestão governamental cheia de publicidade auto-propagandística nos meios de comunicação, paga pelos contribuintes bogotanos.

    Outros aduzem que, além da destituição, é injusta a suspensão ou inabilidade de ocupar cargos públicos por 15 anos. Em honra à verdade, Petro demonstrou com sua ordinária falta de habilidade na Prefeitura de Bogotá, que não serve para governar nem agora, nem amanhã, nem dentro de cinco anos, nem dentro de 15 anos nem nunca.

    Seguramente, Petro utilizará muitas artimanhas jurídicas e políticas, inclusive as mobilizações e a sabotagem, com argumentos que pretendam seu improvável regresso à arena política e muito mais, próprio das formas de luta utilizadas pelos comunistas, com o conto da assembléia constituinte e a revolução silenciosa que, portanto, conduziria à revolução armada. Isto é demasiado perigoso.

    Por outro lado, a nefasta experiência de um atrabiliário e péssimo prefeito como Petro, que pretendia ser uma espécie de Hugo Chávez colombiano, deve servir de reflexão à academia, às Forças Militares, à aristocracia crioula e em especial aos politiqueiros que secundam os donos do poder político na Colômbia, sempre afanados por fincar os caninos na folha de pagamento e no orçamento, para entender que o que Petro e os demais comunistas chiques chamam a “oligarquia”, deve expor novamente a forma desigual e corrupta de dirigir a coisa pública.

    Este episódio deve ser estudado a fundo, porque o sucedido com a imerecida eleição de Petro não é casual, nem sua merecida destituição soluciona o problema do mal governo a que as elites liberais e conservadoras submeteram a Colômbia e Bogotá, como se fossem donos do poder com direito hereditário e que, em conseqüência, engendram fenômenos populistas negativos como Petro.

    E se esse esquema continuar, de burocracia bi-partidarista, repartição de cargos por conchavos, corrupção desenfreada e enganos ao país, aparecerão outros Petros e talvez já não haja Procuradores com caráter e clareza patriótica para frear a onda de comunismo disfarçado de democracia. Então, as coisas poderiam ser a outro preço, inclusive a renovação das guerrilhas, do terrorismo e a continuidade da violência comunista contra a Colômbia.

   Em síntese:

    1. Vai-se um péssimo prefeito mas não se soluciona um problema, nem se evitará a agitação social conveniente aos comunistas armados e desarmados, que desde já promovem Petro e seus sequazes.

    2. Pela primeira vez a Colômbia impulsionou sua soberania frente a advogados ideologizados inclinados à agressão comunista contra a Colômbia, mas necessita-se também atuar da mesma forma contra a espúria sentença da CIJ (Comissão Interamericana de Justiça) em torno da perda de uma enorme porção de mar territorial.

    Porém, repetimos, se as elites aristocráticas e seus sequazes acostumados a sangrar o orçamento e fazer politicagem com os cargos e as finanças públicas, em honra de seus interesses pessoais e de grupo, não restabelecerem suas ações e suas execuções salpicadas de demagogia e corrupção, o camarada Petro sairá com a sua nas violentas mobilizações nacionais que podem surgir deste evento, principalmente porque Maduro, Correa e os demais mandatários pró-terroristas do continente financiarão o que seja necessário para desestabilizar a Colômbia e subir ao poder seus “amigos” do Socialismo do Século XXI.

 

Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido

Analista de assuntos estratégicos – 

www.luisvillamarin.com

 

 

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