As FARC buscam status de beligerância, não assinar a paz

Publicado: 2016-05-08   Clicks: 1293

  Conflicto colombiano, geopolítica y defensa nacional
   Tradução: Graça Salgueiro

A recente negativa da Corte Constitucional da Colômbia de receber delegados das FARC dentro do processo de resposta à demanda interposta pelo ex-Promotor Geral Eduardo Montealegre, corrobora que todas as atividades do grupo terrorista circunscrevem-se dentro de seu Plano Estratégico, que os afetados desconhecem, e que só apontam à legitimação política para conseguir status de beligerância e continuar a guerra contra a Colômbia, comentou o coronel da reserva ativa do Exército colombiano Luis Alberto Villamarín Pulido, em entrevista pelo Skype com a jornalista Mercedes Soler, do programa Realidades en Contexto da cadeia de televisão CNN en Español, que é transmitido de segunda a sexta desde Atlanta-Georgia para o resto do mundo.

     Durante os 11 minutos que duraram a entrevista, e em resposta a várias perguntas formuladas pela jornalista Soler, o coronel Villamarín apontou:
    1. As FARC saíram com as suas. Mantêm a iniciativa estratégica, o empate técnico e a vantagem política dentro da mesa de conversações e dentro do território nacional. O ponto álgido do assunto é que o presidente Santos carece de credibilidade porque um dia diz uma coisa, no dia seguinte diz outra e finalmente termina aceitando as imposições das FARC.
    2. O ex-promotor Montealegre não tinha atribuições para apresentar essa demanda em nome da Procuradoria. A função constitucional do promotor é instruir os processo e acusar os implicados ante os juízes de garantias. Não é a de legitimar terroristas, nem criminosos nem bandidos.
     3. As FARC não têm status de beligerância, então não se pode dar-lhes categoria de Estado paralelo nem muito menos perdoá-los dos crimes, pelo gosto particular de um funcionário público que aproveita seu cargo para fazer politicagem e buscar a legitimação dos delinqüentes.
   4. A Corte Constitucional que rechaçou a presença das FARC em seu recinto, mas ao mesmo tempo pediu um “conceito jurídico” ao grupo narco-terrorista, é a encarregada de aprovar ou rechaçar o espúrio plebiscito que o governo Santos propõe com apenas 13% dos votantes do país, o qual resta legitimidade ao governo e ao que se decida lá.
    5. As FARC insistem em uma assembléia constituinte dirigida a seu bel-prazer, porque ao submeter-se às urnas perderiam. Em troca, propõem uma constituinte integrada por alguns delegados terroristas e outros escolhidos pelo governo Santos, para decidir a seu gosto a sorte do país.
    6. É difícil concretizar neste momento relações com o ELN, porque este grupo terrorista está atuando em conchavo com as FARC. Tudo o que fazem e procuram é que haja um cessar fogo bilateral com os dois grupos, para continuar enganando o país, manietando as tropas e se apetrechando para continuar a guerra tão logo se lhes reconheça o status de beligerância.
    7. Prova de que o ELN atua em dependência direta das FARC, é que sem ter presença histórica na fronteira colombiana com o Equador, Rafael Correa anda mais pendente dos diálogos com este grupo terrorista do que em atender a tragédia recém-padecida por seu país, e de remate nomeou a deputada de Alianza País, Augusta Calle, membro reconhecida das FARC no país vizinho, para que junto com o esposo da legisladora terrorista facilitem o show midiático do ELN em Quito.
    8. Dentro dos países “facilitadores” dos diálogos estão governos como a ditadura de Cuba, que é o padrinho histórico do ELN, o Brasil, que em meio da crise que poderia acabar com a destituição de Dilma usa esta oportunidade para dar aparência interna e externa de pacifismo, e a Venezuela, que ante a eventual queda de Maduro manipula a aproximação com as FARC, para que Santos ceda em tudo o que lhe imponham sob pena de suspender as conversações e dilatar o ansiado Prêmio Nobel da Paz.
   9. As FARC não estão conversando em Cuba para se desmobilizar, nem para entregar armas, senão para ganhar status de beligerância e uma vez conseguido este reconhecimento como exército paralelo, lançar novas ofensivas terroristas, políticas e midiáticas em prol de seus objetivos.
 
     Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido 
   Especialista em Segurança Nacional e geo-política, analista de assuntos estratégicos, estratégia e defesa nacional, temas sobre os quais escreveu e publicou 31 livros - 
     www.luisvillamarin.com 

El coronel Luis  Alberto Villamarín Pulido es analista de asuntos estratégicos, especialista en geopolítica, estrategia y defensa nacional, temas sobre los cuales ha escrito y publicado 31 libros. Para leer algunos de los libros escritos por el coronel Villamarín haga click aquí

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