Ministro Rivera, sua missão principal é representar e defender a Força Pública

Publicado: 2011-03-30   Clicks: 2145

 

Ministro Rivera, sua missão principal é representar e defender a Fora Pública

Análisis del conflicto colombiano

Traduçao Graça Salgueiro

     Enquanto o país político exterioriza persistente mal-estar frente à sinuosa gestão do ministro da Defesa Rodrigo Rivera em torno da Segurança Democrática, entre os oficiais e sub-oficiais, agentes de Polícia e soldados profissionais da Reserva Ativa da Força Pública, cresce o descontentamento derivado do pobre e ineficiente trabalho de Rivera em torno da defesa dos direitos assistenciais, vulnerados por inação estatal desde 1992, com a anuência de sucessivos presidentes, ministros de Defesa e ministros de Fazenda.

     Resulta incrível e inaceitável que, para que um pensionado das Forças Militares ou da Polícia Nacional possa ter direito a que o Estado nivele sua designação de aposentadoria de acordo com o expressado na lei desde 1992, tenha que recorrer a um advogado que - no melhor dos casos - com esperteza e desonestidade jurídica toma 30% do que lhe corresponde por direito próprio.

    Temos visto e escutado o ministro Juan Lozano fazendo causa política pessoal com o tema, porém sem conseguir nada concreto. A teimosia e falta de identificação gremial da Caixa de Soldos de Aposentados, como se estivessem fazendo favores particulares ao reconhecer o pagamento das sentenças ordenadas por tribunais, afundou mais o problema e a insatisfação dos policiais e militares aposentados, que evidentemente incide na moral dos da ativa.

    Em reiteradas ocasiões os oficiais e sub-oficiais afetados manifestaram-se por escrito, por meio de procuradores, ou instalado frente ao Ministério da Defesa, e há até os que se aproveitaram do tema para se lançar a corporações públicas com evidente matiz politiqueiro, e objetivando tirar proveito próprio do drama dos afetados.

    Ninguém entenderia tão exagerado nível de deslealdade de todos os presidentes da Colômbia desde 1992 em diante, pois todos foram beneficiados com o sangue e sacrifício de militares e policiais, hoje com limitações físicas ou que, afetados pela passagem dos anos, sentem a agressão de sucessivos presidentes que sem exceção se fizeram de desentendidos com o problema.

    Do mesmo modo sucede com os ex-ministros de Defesa e Fazenda. Todos os ilustres economistas, advogados, contadores e poliqueiros que ocuparam estas duas pastas, fizeram todo o possível para evitar o tema. Não lhes dói a situação pessoal e assistencial dos que os puseram na glória e até lhes permitiram ser candidatos à presidência (Pardo, Martha Lucía e Santos), candidatos a Fiscal Geral (Camilo Ospina e Juan Esguerra), e charlatães, como Rodrigo Llorea, Miguel Silva, Jorge Uribe e Gilberto Echeverri, ou delinqüentes de colarinho branco, como Botero Zea e outro que o general Bedoya não deixou tomar posse.

    Porém, o caso mais patético é o de Juan Manuel Santos, que durante o lapso do problema foi ministro de Fazenda, depois de Defesa e agora é presidente. Isto indica que Santos conhece a fundo o problema e, em contraste, não fez nem quer fazer nada para resolvê-lo.

    Os soldados e policiais não necessitam que os enalteçam com elogios mal intencionados e deslealdades simultâneas por baixo da mesa. A entrega e abnegação das tropas em combate ao longo da prolongada luta contra o narco-terrorismo comunista, não tem paralelo no planeta. Os direitos trabalhistas e assistenciais alcançados pelos que sacrificaram tudo pela pátria, não são uma invenção nem um ponto para fazer politicagem ou agir com menosprezo, como têm feito os presidentes e seus ministros de Fazenda e Defesa.

 

São por acaso mais colombianos ou merecem mais Gaviria, Samper, Pastrana, Uribe e Santos, para que paguem a eles todos os benefícios assistenciais por terem sido presidentes, enquanto que os que expuseram suas vidas para que estes personagens, alguns deles ineptos e mal lembrados pelas tropas gozem de todas essas garantias, sejam ofuscados e desconhecidos até o extremo de violar seus direitos?

Presidente Santos e Ministro Rivera: a reserva ativa das Forças Militares e da Polícia exigem que os senhores sejam honestos com as instituições armadas, que não finjam mais lealdade nos quartéis enquanto as traem na defesa de seus direitos. A lealdade é nos dois sentidos. Não mais palmadinhas nas costas, nem ofertas de medalhinhas às tropas. Requerem-se soluções e ponto. A Deus o que é de Deus e a César o que é de César.

 

Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido

Analista de assuntos estratégicos –

www.luisvillamarin.com

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